Unidade Curricular:Código:
Modelos e Técnicas de Psicoterapia992MTPS
Ano:Nível:Curso:Créditos:
1MestradoPsicologia Clínica e da Saúde6 ects
Período Lectivo:Língua de Instrução:Nº Horas:
Português/Inglês78
Objectivos de Aprendizagem:
Esta unidade curricular segue um trajeto preparado em anos anteriores. No caso de Modelos e Técnicas de Psicoterapia foi adotada uma perspetiva transversal aos grandes modelos teóricos da psicoterapia, que assenta em 3 vetores fundamentais: o cliente e o seu problema, o terapeuta e o contexto psicoterapêutico. Assim, os grandes modelos teóricos são abordados tendo em linha de conta estes 3 pontos de suporte para a análise crítica da relação terapêutica, dos fatores de mudança terapêutica, das barreiras contextuais e individuais, entre outras dimensões. Abordados os fatores comuns é dedicada atenção mais aprofundada às práticas terapêuticas (dinâmicas, comportamentais, cognitivas, humanistas e sistémicas, entre outras) e à sua adequação a quadros clínicos específicos, numa perspetiva empiricamente validada.
Conteúdos Programáticos:
Unidade 1: Definição e investigação em psicoterapia
1. Definição de psicoterapia: o estatuto científico
2. Caracterização dos quadros teóricos: psicodinâmico; cognitivo-comportamental; existencial-humanista e sistémico
3. Os fatores comuns às várias psicoterapias: fatores do terapeuta; dos pacientes e da relação terapêutica
4. A eficácia da psicoterapia: investigação dos resultados e do processo
5. A prática da Psicoterapia em Portugal e na Europa: formação, supervisão e desenvolvimento pessoal em psicoterapia
Unidade 2: Intervenções Psicoterapêuticas
1. As diferentes abordagens terapêuticas individuais, de casal, familiares e de grupo
2. A selecção de tratamentos empiricamente validados: exigências e desafios
Demonstração da Coerência dos Conteúdos Programáticos com os Objectivos da Unidade Curricular:
O programa da UC foi elaborado tendo por referência o aprofundamento de conhecimentos e de competências necessários ao exercício profissional da psicologia, no contexto clínico e da saúde. Concretamente, e assente numa organização em duas unidades letivas (CP), compreendem conteúdos programáticos que, definidos a partir dos objetivos de aprendizagem (OA) previamente estabelecidos, privilegiam o desenvolvimento e aprofundamento de conhecimentos e competências nas seguintes áreas: definição, investigação em psicoterapia e o processo de intervenção terapêutico. Observa-se, deste modo, uma total coerência e correspondência entre os conteúdos programáticos e os OA, designadamente :CP1 – OA1 e OA2; CP2 – OA3
Metodologias de Ensino (Avaliação Incluída):
No decurso das horas de contacto são privilegiadas as metodologias de ensino expositivo, demonstrativa, participativa e ativa. O regime de avaliação da UC pode ser contínuo ou por exame final (épocas de fim de semestre, recurso e especial). Na avaliação contínua, é garantida a percentagem mínima de assiduidade definida nas Normas Regulamentares, e são considerados os seguintes elementos: execução de um trabalho teórico-prático (Prática específica), com dois componentes. A primeira corresponde à elaboração de um relatório clínico escrito de um caso clínico onde será elaborado um plano de psicoterapêutico (ponderação de 50%). O segundo refere-se à apresentação oral em aula deste mesmo caso clínico (prova oral de conhecimentos – 50%).
Demonstração da Coerência das Metodologias de Ensino com os Objectivos de Aprendizagem da Unidade Curricular:
As metodologias de ensino adotadas encontram-se alinhadas com os objetivos de aprendizagem (AO) definidos para a UC. Valoriza-se a articulação de metodologias de caráter expositivo, onde se fará a apresentação e o desenvolvimento dos conteúdos programáticos, com metodologias de teor mais prático, nas quais se promoverão discussões críticas sobre os mesmos, análises de caso e realização de atividades de observação de casos em acompanhamento na Clínica Pedagógica de Psicologia. Pretende-se com esta articulação favorecer uma aprendizagem ativa que permita o aprofundamento dos tópicos em estudo, a integração da teoria com a prática e o aprimoramento de capacidades e de competências profissionais nesta área de atuação. Concretamente, a metodologia expositiva, através da apresentação e sistematização das matérias, permitirá o desenvolvimento e o aprofundamento conceptual e teórico; a metodologia demonstrativa, através da ilustração da seleção de tratamentos empiricamente validados, permitirá o aprimoramento de competências de intervenção; por fim, as metodologias participativa, através da análise crítica de estudos de caso, e ativa, através da condução, sob orientação, de trabalhos individuais, permitirão também o aprimoramento de competências de intervenção psicológica. As horas de não-contacto serão dedicadas ao trabalho autónomo do aluno, onde se pretende ver assegurada a leitura da bibliografia recomendada e a realização das atividades (individuais) propostas, de modo a lhe permitir aprofundar, consolidar e aplicar os seus conhecimentos e a desenvolver aptidões e competências neste domínio. A combinação entre estas diferentes metodologias permitirá ao aluno atingir os OA propostos para a UC, objetivos estes que, na sua maioria, articulam conhecimentos, capacidades e competências. Esta coerência entre os OA e as metodologias de ensino (e de avaliação) adotadas concretiza-se do seguinte modo: OA1 – Métodos expositivo, participativo e ativo (participação ativa nas horas de contacto); OA2 e OA3 – Métodos expositivo, demonstrativo, participativo e ativo (trabalho individual escrito e oral; participação ativa nas horas de contacto)
Bibliografia:
Campbell, L.; Norcross, J. Vasquez, M. & Kaslow, N. (2013). Recognition of Psychotherapy Effectiveness: The APA Resolution. Psychotherapy, 50 (1), 98-101. DOI: 10.1037/a0031817.
Carr, A. (2014). Manual de Psicologia Clínica da Criança e do Adolescente: uma abordagem contextual. Braga: Psiquilíbrios Edições.
Carr. A. (2016). The handbook of adult clinical psychology: an evidence-based practice. London: Routledge,
Leal, I. (2018). Psicoterapias. Lisboa: Pactor.
Norcross, J. & Wamplod, B. (2011) What works for whom: Tailoring Psychotherapy to the person. Journal of Clinical Psychology. 67(2), 127--132. DOI: 10.1002/jclp.20764
Hofman, S. & Weinberger, J. (Eds) (2007). The art and science of psychotherapy. New York: Routledge.
Hersen, M & Sledge, W. (Eds.-Chief) (2002). Encyclopedia of Psychotherapy. Elsevier Science.
Biscaia, C. & Neto, D. (2019). A prática profissional da Psicoterapia. Lisboa: Ordem dos Psicólogos Portugueses