Unidade Curricular:Código:
Diferenciação Curricular, Avaliação, Programação e Intervenção com Crianças e Jovens com Perturbações nos Domínios Cognitivo e Motor1066DCAP
Ano:Nível:Curso:Créditos:
1MestradoCiências da Educação: Educação Especial (Domínio Cognitivo e Motor)6 ects
Período Lectivo:Língua de Instrução:Nº Horas:
Português78
Objectivos de Aprendizagem:
O1. Conhecer as perturbações, deficiências e incapacidades. O2. Conhecer modelos organizacionais e pedagógicos da avaliação. O3. Desenvolver e implementar programas de intervenção com vista a organização de respostas nos vários contextos educativos. O4. Desenvolver estratégias e atividades para a Intervenção Educativa e para apoiar a organização e gestão de sala de aula dos profs O5. Conhecer o perfil dos alunos à saída da escolaridade obrigatória.O6.Compreender a importância da organização de parcerias com os pais, professores e outros intervenientes.O7. Utilizar a flexibilização curricular, como estratégia de apoio à conclusão da escolaridade obrigatória.O8. Compreender a importância de se conhecer o indivíduo no processo de Transição da escola para a vida pós-escolar, aprendendo novas perspetivas de orientação escolar e profissional.O9. Utilizar o supported employment como estratégia de organização pessoal , social e integração sócio- profissional e instrumentos de suporte
Conteúdos Programáticos:
C1. Tipologias das perturbações, deficiências e incapacidades.C2.Avaliação do aluno ( CASE) e análise dos dados;Necessidades dos alunos e do contexto ; Instrumentos de recolha de dados;As evidências significativs;Medidas de suporte à aprendizagem e à inclusão;Adaptações ao processo de avaliação.C3. Programação Educativa, DUA. Aplicação dos princípios DUA à programação educativa, Elaboração de RTP; PEI.C4,5.Intervenção em sala de aula, Aprendizagens Essenciais:Estratégias e atividades;Medidas de Gestão Curricular;Recursos específicos ;Abordagem Multinível: Impacto nas praticas educativas; Perfil do Aluno à Saída da Escolaridade Obrigatória, Centros de apoio à aprendizagem.C6. Equipa de apoio à educação inclusiva.C7. Diferenciação curricular;Diferenciação na sala de aula Teoria das Inteligências Múltiplas C8.Processo de Transição da Escola para a Vida Pós-escolar; Orientação Vocacional e Profissional .perspetiva ecológica; Formação Profissional e Emprego . Metodologias; O PIT
Demonstração da Coerência dos Conteúdos Programáticos com os Objectivos da Unidade Curricular:
Deseja-se que depois desta uc o aluno conheça as diferentes tipologias das perturbações, deficiências e incapacidades bem como as diferentes perspetivas de avaliação pedagógica. Caraterize e defina perfis de aprendizagem dos alunos, tendo em conta o perfil do aluno à saída da escolaridade obrigatória, desenvolva e implemente programas de intervenção diferenciados tendo em vista a organização de respostas nos vários contextos educativos e ainda que consiga com o processo de transição da escola para a vida pós escolar, através da metodologia supported employment ,apoiar os alunos que estejam incluídos nas medidas adicionais na conclusão da escolaridade obrigatória e na orientação profissional. ´Assim considera-se que o C1 responde ao 1º objetivo, que o C2 dá informação relevante para o objetivo 2, que o C3 responderá ao objetivo 3 , que o C4 e 5 aos objetivos 4 e 5 , o C6 ao objetivo 6, o C7 ao objetivo7, o C8 ao objetivo 8 e o C9 ao objetivo 9
Metodologias de Ensino (Avaliação Incluída):
Apresentação teórica suportada por meios audiovisuais com análise e discussão de documentos legislativos e enquadradores da intervenção; Reflexão sobre conceitos e práticas. Análise e discussão de artigos subjacentes aos conteúdos programáticos. Organização de trabalho de campo a partir de análise de situações reais. As sessões serão orientadas com recurso a metodologias e estratégias ativas e dinâmicas de aprendizagem, procurando promover processos de trabalho em equipa, em parceria, pesquisa e tratamento de informação, análise de problemas e situações, troca de experiências, potenciando os saberes individuais e ainda momentos de reflexão em grande grupo, numa perspetiva de comunidade de aprendizagem. A avaliação será realizada em dois momentos e consistirá na organização de um portfolio individual referente ao trabalho pratico efetuado (a) e de um trabalho de grupo sobre uma das temáticas da UC (b).O resultado final (RF) será obtido através da fórmula: RF =60% (a) + 40% (b).
Demonstração da Coerência das Metodologias de Ensino com os Objectivos de Aprendizagem da Unidade Curricular:
O compromisso para uma escola inclusiva vem sendo sucessivamente sublinhado internacionalmente: Acordo de Dakar (UNESCO, 2000), Convenção sobre os direitos das Pessoas com Deficiência (ONU, 2008), “Declaração de Lisboa sobre Equidade Educativa” (ISEC, 2015). Este compromisso vem reforçar o direito de todas as crianças e jovens frequentarem o mesmo tipo de ensino, independentemente das dificuldades que apresentam, devendo a escola adaptar-se aos vários estilos e ritmos de aprendizagem. Isto significa que as especificidades cognitivas, culturais e experienciais dos alunos deverão ser entendidas como condição necessária, mas não suficiente, para configurar uma escola que se afirme como inclusiva. Os Objetivos 1, 2 e 3 de apresentação sobretudo teórica suportada por meios audiovisuais com análise e discussão de documentos legislativos, procurarão enquadrar a intervenção à luz da legislação em vigor; Uma escola culturalmente significativa constrói-se em função de outros pressupostos curriculares e pedagógicos (DGE, 2018). Garantir a inclusão enquanto processo que visa responder à diversidade das necessidades de todos e de cada um dos alunos, exige uma intervenção orientada para o aumento da participação na aprendizagem, na cultura escolar e na comunidade educativa. Neste sentido, a mobilização de medidas de suporte à aprendizagem e inclusão deve ser, sempre, informada em evidências (DGE, 2018). Enquadram-se nesta visão os objetivos 4, 5, 6 e 7 . Será usada uma metodologia teórica ou prática, mas com a obrigatoriedade de uma incursão numa escola de ensino regular, com crianças e jovens com necessidades específicas;Com o cumprimento da escolaridade obrigatória por todos os alunos sem exceção, os jovens com perturbações, incapacidades ou deficiências necessitam de fazer uma transição eficaz da escola para a vida adulta,. Esta necessidade dos alunos traduz-se num imenso esforço das escolas em geral, dos profissionais desta área e de todos os elementos das comunidades educativas. Após o êxito desse esforço, todos são confrontados, incluindo os jovens e as suas famílias com a ineficácia das respostas após a escola, uma vez que parece só restar a estes jovens o retorno a casa. Mas não tem que ser assim. Existem hoje perspetivas ecológicas e sistémicas de trabalho com estes jovens que lhes permitirá encarar o futuro de uma outra forma. É neste enorme movimento Internacional que se designa por “Supported employment” que se baseará também uma parte desta unidade curricular, procurando responder aos objetivos 8 e 9 .A metodologia utilizada será teórica mas com apresentação de situações reais .O processo de aprendizagem pode ainda ser orientado à distância através das ferramentas de comunicação digital institucionais.
Bibliografia:
APA ( 2013) DSM V- Manual de Diagnóstico e Estatística das Perturbações Mentais. Lisboa: Climepsi Editores
Carvalho, M. e Freire, J. (2018) . Abordagem multinível na educação : Uma prática integrada na aprendizagem e no comportamento . Webinars DGE. Da inovação ao conhecimento. DGE. Ministério da Educação disponível em https://webinars.dge.mec.pt/webinar/abordagens-multinivel-na-educacao-uma-pratica-integrada-na-aprendizagem-e-no-comportamento
DGE ( 2018)- Para uma educação inclusiva: manual de apoio à prática. Disponível em http://www.dge.mec.pt/sites/default/files/EEspecial/manual_de_apoio_a_pratica.pdf
Tomlinson; A (2012 ). Diferenciação Pedagógica e Diversidade. Ensino de Alunos em Turmas com Diferentes Níveis de Capacidades. Porto. Porto Editora
Wehman, P. (2013). Transition from school to work: Where are we and where do we need to go? Career Development and Transition for Exceptional Individuals, 36(1), 58-66